terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Foammies 2011 - Os álbuns do ano

O Foam não quer ser o blogue pretensioso que não vai fazer uma lista com as suas escolhas na área da música, do cinema, dos acontecimentos e das personalidades que marcaram este conturbado ano.

Com o indie-rock do inicio do século XXI mais que enterrado (nada dura para sempre), estando os Arctic Monkeys a mudar de sonoridade, Bloc Party desmembrados, os The Strokes a fazerem mais lixo que um botellón em Espanha, os Kaiser Chiefs presos à época medieval  e as restantes bandas a caírem no esquecimento pouco a pouco (nem eu me lembro de algumas das bandas que ouvia há 7 anos) o folk emerge como o estilo de moda tanto pela boa mão dos Fleet Foxes ou de Beirut como pelos desinspirados Mumford & Sons.

Os Foammies apenas irão premiar os que para o blogue foram os 3 melhores álbuns consoante o meu gosto pessoal, não farei uma lista com a quase totalidade dos lançamentos razoáveis distribuídos aleatoriamente. Acho que a ninguém interessa se tal álbum foi o 60º ou se foi o 61º melhor disco do ano, é parvo e por isso não o farei.

Arrisco-me por isso a deixar de fora, nomes que deram cartas com trabalhos absolutamente fantásticos, como James Blake, Yuck, The Vaccines...



A consolidação dos Fleet Foxes como uma banda muito fiável foi também razão de alegria tal como a estreia dos Cults e dos Foster The People que marcaram o ritmo de muitos dos dias deste ano que finda.


The Drums e os The Rapture apresentaram trabalhos muito acima da média e com aquele ingrediente secreto que poucos têm e que faz com que não enjoemos do álbum à décima audição.




Neon Indian, Youth Lagoon, Feist, Girls, M83 e Panda Bear também são nomes que certamente mereceriam estar numa lista mais abrangente mas que deixarei de fora devido à qualidade superior das bandas escolhidas.
Muitos outros ficam para trás merecendo ser referidos mas como estou quase a fazer a lista que não queria  por extenso  resta-me fazer uma menção ao álbum que mais pena me dá que não faça parte da cerimónia de entrega dos Foammys: Real Estate.



De qualquer maneira é preciso admitir que quem tem um cão destes no foamclip tem meio caminho andado para atingir o estrelato.


Foammy de Bronze





Merrill Garbus tem áurea hippie, ritmos africanos, uma voz abençoada, energia inesgotável e um pedalzinho de loops que utiliza até à exaustão. O seu segundo álbum, "w h o k i l l" é brilhante, um autêntico manjar de melodias novas, agudos vertiginosos e alegria.

As faixas que compõem o trabalho são todas fortíssimas, sem erros e apelam a toda a nossa concentração. De facto não é música para estudar, já que, absorve toda a nossa atenção e contrai todas as nossas fibras musculares ao ritmo da percussão palpitante que acompanha este talento vocal. O terceiro melhor albúm do ano!





Foammy de Prata


O verdadeiro álbum de rock de 2011! Este "Nine Types of Light" é um hino aos instrumentos, e à maturidade musical que tão poucas bandas atingem. Tudo bate certo e a sua primeira faixa que curiosamente se chama "Second Song" é a minha canção de eleição de 2011.
O grupo lançou um "filme-clip" que acompanha todo o álbum e que deixo à vossa disposição aqui em baixo.


  
(Second Song no minuto 5:50 do video)


Foammy d'oro




Bon Iver criou o que para mim foi o melhor albúm de 2011 . De nome homónimo, existe uma razão para este disco estar à frente em 90% das listas de fim de ano, é que é mesmo muito bom!

Esqueçam o hype, esqueçam as criticas favoráveis e julguem por vocês mesmos, a composição cuidada ao detalhe, a ordenação de cada faixa no cd, a riqueza melódica e as nuances musicais desarmam qualquer descrente com um som hipnotizante que faz o tempo passar mais rápido. 
"Calgary" e "Holocene" são os singles disponíveis até agora e estão disponíveis nestes players do youtube que são o sustento deste blog. 





Os Foammies continuam nos próximos dias, fiquem atentos


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