terça-feira, 10 de julho de 2012

Skirt - Vimeo Awards 2012 - Fashion Winner

A curta realizada por Amanda Boyle reflecte a história de amor de duas pessoas muito diferentes, que por uma razão indeterminada comungaram as mesmas rotinas e que através da sabotagem infantil das mesmas criaram inocentemente uma relação inesperada.

Este é o prémio que destaca a melhor colecção, tendência ou apresentação de moda do festival.

YEAHHH FOAMCLIP!!!: Bloc Party - Octopus

Acaba de sair o primeiro Foamclip de apresentação do novo álbum dos Bloc Party, Four, com data de lançamento marcada para o próximo mês. A música não é má... também não é boa... e também não é a bagunça de Intimacy.
Parece que os Blur se sentaram na sombra de um chaparro e com preguiça lá deram umas guitarradas.
Muito pouco para quem fez um dos melhores álbuns da década passada. Kele! És um doido!


segunda-feira, 2 de julho de 2012

Amar - Vimeo Awards 2012 - Documentary Winner

A partir de hoje e durante as próximas semanas o Foam irá dar a conhecer os vencedores de cada uma das categorias presentes a concurso nos Vimeo Awards. Trata-se de uma competição onde milhares de curtas tentam obter o reconhecimento online e através desta plataforma tão bem cotada dar o passo que separa o amadorismo da indústria cinematográfica.

O vencedor da categoria de Melhor Documentário foi Andrew Hinton que em pouco menos de 10 minutos retrata o dia-a-dia de Amar, um jovem ambicioso que para além de ser o melhor estudante da sua turma, acumula dois trabalhos e é a principal fonte de rendimentos da sua familia. 


sexta-feira, 15 de junho de 2012

A Guitarra de Darwin: Cajun Dance Party

Mais uma entrega sobre as falecidas bandas indie que não sobreviveram ao efémero efeito do hype.
Agora que chega o Verão dou-vos a conhecer os Londrinos Cajun Dance Party, grupo formado por 4 rapazes e uma rapariga.
A curiosa história deste quinteto remonta ao ano de 2005 quando estes miúdos ainda frequentando o ensino secundário decidiram juntar-se para competir num concurso de talentos do seu liceu.
Rapidamente o seu indie-pop dançante e melodioso, muito ao estilo de Two Door Cinema Club e Kiss Kiss Kiss gerou enorme algazarra pelo Myspace fora, o que fez com que a sua popularidade crescesse exponencialmente.

Depois de lançarem 4 singles que conquistaram milhares de fãs online juntaram tudo num álbum  a que deram o pitoresco nome de "The Colourful Life" e que recebeu óptimas criticas de publicações tão insuspeitas como o The Guardian e elogios dos artistas mais inesperados como Thom Yorke. Percorreram o circuito festivaleiro Britânico (Reading, Leeds e Glastonbury incluídos) e instalaram-se com os dois pés bem assentes no mercado musical.

Curiosamente e sem que nada o previsse, depois de tudo isto, o grupo separou-se quando três dos elementos decidiram continuar os seus estudos na universidade.... Ainda há gente responsável!!!
Max Bloom e Daniel Blumberg os dois elementos que optaram seguir pelo mundo da música, formaram os ainda mais reconhecidos Yuck e têm dado concertos por todo o mundo.

Um funeral feliz a uma banda que só via a vida de maneira colorida.


The Next Untouchable



The Race



Nigel Farage - O profeta

Trata-se do líder do UK Independence Party e um dos lideres do grupo Eurocéptico do Parlamento Europeu. Está a léguas dos meus ideais, mas parece claro que presta um maior serviço a Portugal que os grupos de esquerda que nem sequer se dignaram a confrontar olhos nos olhos as pessoas que vieram implementar as politicas actuais. Falta uma oposição assim no meu país, clarividente, que não se perca no acessório e que debata o fundamental. Não se adivinha nada de bom, só resta aguentar até a nossa dignidade se tornar mais importante que o nosso medo de ficarmos de novo sozinhos no mundo. Esperemos que isso não aconteça.


quarta-feira, 6 de junho de 2012

MUN`Danças 2012 - O festival alternativo ao festival alternativo

Acabo de receber a informação que as datas do MUN´Danças foram alteradas o que fará com que coincida com o festival Danças na Água+Andanças24 também ele localizado nas proximidades de Celorico da Beira. Numa localidade habituada à apatia cultural, parece que a primeira semana de Agosto será uma autêntica overdose de tradições e dança.
Aqui fica o comunicado oficial:


"A APD-PPM, Associação de Projecto e Desenvolvimento do Parque Patrimonial do Mondego, com sede e actividade em Coimbra desde 2008, vai concretizar no Verão de 2012 um sonho antigo: um festival de dança e música contemporâneas com ligações às tradições - portuguesas e de outras partes do mundo.
O festival terá lugar entre 20 e 29 de Julho em duas magníficas praias fluviais do rio Mondego, a de Torres do Mondego-Coimbra (26 a 29 de Julho). a de Aldeia Viçosa-Guarda (1 a 3 de Agosto), seguido de FESTA NA ALDEIA, a 4 de AGOSTO".


Qual vais escolher?


terça-feira, 29 de maio de 2012

Face Down In The River My Love

Não! Esta não é a declaração de morte deste blogue!

Depois mais uma pausa criativa para voltar a abastecer-me de novos conteúdos, o blogue volta desde hoje à sua normalidade com postagens regulares.
A razão do titulo deve-se ao novo single dos Light Asylum, banda muito apreciada aqui no blog que entretanto lançou o seu primeiro álbum de nome homónimo.
O electro-goth do EP  "In Tension" não se perdeu e este novo trabalho está recheado de fúria e melancolia que se dissolve nas batidas rudes que marcam o compasso para a explosão da voz de Funchess.

 Heart of Dust



E para aqueles que gostaram, aqui fica de novo o primeiro single que lançaram como banda, a psicadélica: Dark Allies



quarta-feira, 9 de maio de 2012

How americans see Lisbon: Anthony Boudain "No Reservations"

O famoso chef e apresentador americano andou a conhecer Lisboa pela mão de algumas das figuras proeminentes da cozinha, música e cultura portuguesa. Faltou-lhe passar em alguns locais importantes, provavelmente porque perdeu demasiado tempo a beber Ginginha. Mesmo assim, trata-se de um bom documentário, recheado de todos os estereótipos típicos de Portugal (até deu para dizer que o interior é deserto e não vive lá ninguém). Sempre senti que a densidade populacional da minha terra só poderia ser comparável à Sibéria tal era a minha necessidade de procurar amigos imaginários no perfil das nuvens, durante a minha infância. Mas colocando de parte o meu orgulho regional, neste episódio podemos deleitar-nos com grandes imagens acompanhadas de uma incrível banda sonora, protagonizada por dois dos maiores estandartes da música nacional, Dead Combo e Carminho.




segunda-feira, 16 de abril de 2012

Meanwhile in Coachella: Concertos completos!!!

Aproveitem enquanto as bandas não retiram os seus vídeos, sem dúvida um dos melhores posts de sempre do blog.  

Foam In The Party a fazer serviço público! 


Real Estate




The Weeknd
 


Radiohead



St. Vincent



Explosions In The Sky


sexta-feira, 13 de abril de 2012

terça-feira, 3 de abril de 2012

New Foam: Hanni El Khatib

O sangue exótico da Palestina e das Filipinas corre-lhe nas veias, mas a sua música é o espelho do Garage e dos Blues de denominação de origem Americana.  
Hanni El Khatib acaba de sair do nosso país depois de ter marcado presença no festival Vodafone Mexefest Porto que encerrou a sua Tour europeia, onde tocou as músicas do seu álbum de estreia, Will the Guns Come Out.



Nascido em São Francisco, passou de skateboarder a músico e acompanhado de um baterista, colega seu de liceu, tem percorrido o mundo com o seu Rock áspero e contundente. Já foi a banda sonora de anúncios publicitários de marcas como a Nike e a Nissan e abriu os concertos de Florence and the Machine.
O seu futuro é prometedor. Aqui ficam uns Foamclips:




Reality hits you hard, Bro!!!: The Hunger Games










Inspirado no 9gag

segunda-feira, 26 de março de 2012

Hunger [2008]

Agora que acaba de sair nos cinemas portugueses o segundo filme de Steve McQueen,"Shame", e que desde já prometo uma crítica assim que tiver oportunidade de visualizá-lo. Achei oportuno escrever sobre aquela que foi a longa metragem que deu a conhecer este realizador/artista plástico e que fez com que fosse premiado com a Camera D'Or (galardão que premeia a melhor estreia de um realizador) do Festival de Cannes.

Hunger é um filme muito lento e violento que relata de maneira crua as atrocidades cometidas em Long Kesh Maze Prison, local onde estavam detidos vários membros do IRA, assim como as últimas semanas da greve de fome de Bobby Sands, o líder dessa iniciativa que colocou Margaret Thatcher em "check".

Apesar de ser um filme centrado em Bobby é curiosa a maneira como abordam a apresentação da personagem principal, já que, apenas quando o filme vai longo o vemos pela primeira vez. Antes disso, conhecemos pela mão de Steve McQueen, as rotinas de um dos guardas prisionais obcecado pela sua segurança pessoal e também a chegada de um novo prisioneiro. O realizador esforça-se em não tomar qualquer partido e em colocar-se detrás de cada ponto de vista neste conflito, mas apesar dessa tentativa, não consegue disfarçar uma certa compaixão e quase simpatia pelo lado do IRA, própria de um humanista que entende que seja qual for o crime da pessoa o respeito pelo os direitos humanos é sagrado.
Steve McQueen

Apesar de se tratar de um filme político, senti que a política e a condição precária a que estão sujeitos os terroristas se trata apenas de um pretexto para o objectivo final do filme, fazer um exercício de arte. Há tantas características curiosas neste filme que quase não sei por onde começar. O primeiro ponto de interesse é a violência rude, áspera, que se manifesta tanto pela brutalidade de agressões continuas, de um assassínio tão frio que quase deixa em hipotermia a alma ou pela manifestação da fome que vai consumindo os corpos débeis dos prisioneiros.

A segunda característica que é verdadeiramente única é a cadência dos diálogos. Esta história é em grande parte desprovida de qualquer palavra, principalmente nas extremidades da sua linha cronológica. Enquanto que mais ou menos a metade do filme surge aquele que considero o coração desta obra: um diálogo ininterrupto filmado num único take de mais ou menos 20 minutos entre Bobby e o seu padre, brilhantemente escrito, no qual vemos todo o talento de Michael Fassbender e que funciona como um adeus à vida, uma extrema-unção dada entre justificações e cigarros.

A terceira característica é a a capacidade cinematográfica do realizador na qual podemos aperceber-nos do seu passado como artista plástico e da sua obsessão por produzir imagens perfeitas em cada cena. Para isso foi necessário que Michael Fassbender (Bobby Sands) emagrecesse através de uma dieta vigiada  por um médico que o levou a um estado de magreza extrema e que dá arrepios tal é o impacto da sua imagem quando combinada com a frieza das paredes dos corredores daquela prisão desprovida de sentimentos e forte em sensações cruéis.

Hunger mostra a crueldade humana em todo o seu esplendor e aquilo que o ser humano é capaz de fazer por uma ideia, por um princípio, por uma causa...

Este mais que um filme é um quadro de sofrimento.

Mais que um quadro de sofrimento, Hunger, é uma sinestesia de 96 minutos na qual a FOME se sente pelos olhos. 

Nota de entretenimento: 10 euros


Nota de imagem/fotografia: 200 euros

Nota de banda sonora: 50 euros


Nota de interesse: Se consegues aguentar ver como um homem limpa um corredor de uma prisão durante 10 minutos sem haver uma palavra (Really!!!) o resto do filme é uma agradável recompensa.

Rating Hipster: Cool para Hipsters que não pensem que o IRA é uma marca de camisas de flanela.


 Classificação do Foam: 8/10


Cinema Lusco-Fusco: Ruin

Uma curta animada realizada pela OddBall Animation sobre um mundo pós-apocalíptico.


Celorico Sabe Dançar

Falava-se de um mas serão três os festivais dedicados à dança que animarão as margens do Mondego este verão nas redondezas de Celorico da Beira. Entre o final de Julho e o inicio de Agosto o concelho não irá parar, aqui ficam as datas:



20 a 29 de Julho, MUN’DANÇAS, em Aldeia Viçosa/Guarda (20-22 Jul.) e depois em Torres do Mondego/Coimbra (23-29 Jul.) – organização da Associação de Projecto e Desenvolvimento do Parque Patrimonial do Mondego;

1 a 3 de Agosto, DANÇAS NA ÁGUA, em Ratoeira/Celorico da Beira – organização da C.M. de Celorico da Beira em parceria com a PédeXumbo;

4 e 5 de Agosto, ANDANÇAS 24H, em Ratoeira/Celorico da Beira – organização da PédeXumbo em parceria com a C.M. de Celorico da Beira.





quarta-feira, 21 de março de 2012

Indie e Tapas - A Nova Música Espanhola

Falar da música espanhola sem fazer uma referência a um dos maiores ícones de sempre do país vizinho, Camarón de la Isla, seria como negar a influência de Amália Rodrigues em muitos dos maiores compositores portugueses. Neste post não falarei da globalidade do panorama musical, mas apenas no nicho que representa o Indie-Rock espanhol. De qualquer maneira, acredito que se Camarón não tivesse existido, de uma maneira ou outra, o Rock (em Espanha), na sua generalidade teria sido muito diferente do que é hoje.
 O Gipsy-Cool, a Rockstar do Folclore, Camarón, nasceu como cigano mas morreu como uma lenda em 1992, devido a um cancro de pulmão provavelmente alimentado por muitos anos de drogas e tabagismo. Nove dos seus álbuns foram acompanhados pelo gigante Paco de Lucia e mais tarde por um dos seus alunos, Tomatito, à medida que Paco desenvolveu a sua carreira a solo. Foi um gigante do seu tempo que revolucionou primariamente o Flamenco, adicionando novos instrumentos no seu processo criativo como por exemplo o baixo eléctrico, mas as consequências da sua genialidade contaminaram todos os estilos e a essência da composição no reino vizinho.

Camaron - La leyenda del tiempo

A partir dos ritmos ciganos de Cádiz, a embriologia do Indie começou a desenhar o seu aspecto no final nos anos 70, depois da morte de Franco. O movimento que impulsionou España para a modernidade, ficou conhecido nos livros de história como "La Movida Madrileña" e foi uma autêntica revolução artística e cultural. Foi como o choro de quem nasceu e sentiu pela primeira vez o cheiro da liberdade. Todas as áreas de criação sofreram um "boom". Da música através da criação das primeiras editoras independentes e do nascimento exponencial de bandas novas, ao cinema pela mão de Pedro Almodóvar, passando pela literatura, pintura e até a moda com os desenhos pioneiros de Agatha Ruiz de la Prada, Espanha desabrochou.

À medida que os 80 passavam, micro-movimentos surgiram por diferentes cidades espanholas, San Sebastián, Barcelona, Bilbao, foram alguns dos pólos de novas tribos urbanas e modernidade social. Neste processo de expansão, inevitavelmente os ecos britânicos acabaram por ouvir-se e bandas como Joy Division e Velvet Underground transmitiram o vírus British a esta caldeirada mediterrânica que teve como resultado aqueles que foram na minha visão os pais do Indie actual: Los Planetas.
Esta é provavelmente a banda mais respeitada por todos aqueles aqueles que de alguma maneira entraram em contacto com o rock espanhol, imunes ao hype, têm receitas sólidas, e os seus pratos servidos em forma de álbuns são geralmente cozinhados na perfeição. Contam com duas mãos cheias de trabalhos na sua discografia. O perfume do Flamenco de Cádiz e as sofisticação das guitarradas das terras de Sua Majestade filtradas pelas ruas loucas de Madrid, encontraram nas muralhas de Alhambra um local para namorar e assim em Granada nasceu o Indie espanhol.

Los Planetas - Un buen dia

A partir daqui e como diz o povo: "Foi sempre a abrir"!
Nos oito anos que vivi em Espanha aprendi que os nossos vizinhos gostam de exagerar em muitas coisas. E no que toca à cultura Indie está completamente massificada. O alternativo é que agora vás nas ruas de Barcelona sem umas Ray-Ban postas. Por esta razão é impossível falar das muitas dezenas, senão centenas de bandas que procuram um espaço no mercado musical e na rota dos festivais de verão espanhóis. Farei apenas um resumo de bandas que podem ser agradáveis aos leitores. Sinceramente creio que não existe nenhuma que me encha as medidas, mas o objectivo deste post é dar a conhecer um novo universo musical, a quem não conhece.

Um dos meus favoritos são os Catpeople, conjunto galego que reside em Barcelona. Contam já com três álbuns e têm desenvolvido de forma sólida uma carreira que parece durar ainda que cantem em Inglês, condição que apesar de notórias melhorias limita em muito a popularidade de uma banda em Espanha. A generalidade dos espanhóis é péssima em Inglês e tudo o que não sejam refrões orelhudos e na-na-nas é muito difícil que pegue. Estes conseguiram!

Catpeople - Radio

Catpeople - Love Battle

Por falar em refrões fáceis em inglês, ficam aqui também os já extintos mas simpáticos The Sunday Drivers que fizeram bastante sucesso e correram todo o país durante 10 anos até 2010.

The Sunday Drivers - Do it

Os Zodiacs tentaram compor a Reptilia dos Strokes à moda ibérica e embora tenha sido um grande sucesso, o seu estado como banda continua bastante letárgico.

Zodiacs - Chica Normal

Mas nem tudo é rockzinho garage para ouvir na rádio a meio gás. Existem também coisas totalmente novas. Um dos melhores exemplos é o Indie-Tropical que Pablo Diaz-Reixa, através do seu projecto El Guincho, faz. Um exemplo de originalidade e internacionalização."Bombay", um dos singles do seu último álbum "Pop Negro" já teve direito ao seu YEAHHH FOAMCLIP, mas está aqui de novo.

El Guincho - Bombay

Pelos antros escuros do electro-punk e o electroclash deambulam grupos que envergonhariam a própria pauta musical fazendo com que as suas linhas servissem para enforcar a clave de Sol. Os Putilatex são tão maus que nem tenho coragem de os pôr aqui no Foam, porém um imenso sucesso. Já um bom exemplo do que é uma boa malha de batidas e sintetizadores são os Cycle, este é o single que os resgatou do anonimato e gerou uma grande confusão.

Cycle - Confusion!!!

Folk!? Sim, também há! Russian Red, por muitos chamada a "Feist espanhola" marca já presença nos grandes festivais europeus ao lado dos nomes mais sonantes da música internacional. A compositora Lourdes Hernández tem 26 anos e anda nestas andanças desde 2007. "Fuerteventura" o último dos seus dois álbuns, foi acolhido com grande sucesso principalmente pelo público feminino.

 
Russian Red - Fuerteventura

Vetusta Morla (Madrid) e Love of Lesbian (Barcelona) são provavelmente as duas bandas que a nível nacional mais sucesso têm conseguido no presente. Cantam em Castelhano e são conhecidos pela maioria dos jovens cosmopolitas. Os seus concertos enchem em qualquer cidade e apesar de ambos andarem em palco há mais ou menos 15 anos, são a face mais recente desta cultura que parece transformar-se com o tempo mas que parece não ter fim. 

 
Vetusta Morla - Lo que te hace grande

Love of Lesbian - Alli donde soliamos gritar

Espanha ultrapassa em grandeza cultural o seu próprio nome, o castelhano não é a única forma de expressão musical e os Manel o melhor exemplo disso, tendo conseguido o incrível feito de colocar em primeiro lugar no top de vendas, por primeira vez na história, um trabalho cantado em catalão. 

Manel - Benvolgut

Para terminar este mega-post que deu muito trabalho e que espero que vos tenha gostado e mostrado um universo algo desconhecido deixo mais uma sugestão que brevemente marcará presença por terceira vez em Portugal. Depois do Festival Serra da Estrela e de Paredes de Coura os The Right Ons visitam o Porto no contexto do Optimus Primavera Sound prometendo pôr tudo a mexer com o seu shoegaze contagiante

The Right Ons - Do your thing, babe


The Right Ons - On the Radio

Sei que muitos portugueses ainda pensam que Espanha se resume a Bisbal e Héroes del Silencio e mantenho a esperança que com este post possa ter contrariado essa teoria. Nem todas as bandas que postei são do meu agrado, nem todas me parecem qualitativamente boas, mas é o que se ouve naquelas paragens. Devem considerar isto um Guia de Sobrevivência se algum dia considerarem uma visita aos escuros caminhos da teia dos clubes alternativos de Barcelona ou Madrid (lol).

O Indie já está servido, fico à espera das Tapas. Alguém???


Como já se devem ter apercebido o Foam também tem Facebook, façam "like" se quiserem ser avisados via Face cada vez que houver novo post. A publicidade ao site é sempre bem-vinda.
Divulguem e se gostaram partilhem à vontade no vosso mural!!

domingo, 26 de fevereiro de 2012

A Guitarra de Darwin: White Rose Movement - O Post-Punk Dançável de 2006 (parte 1)

Regressamos com a nossa rubrica sobre os abortos musicais de bandas que fracassaram no seu rumo ao estrelato e que não aguentaram a força triturante da indústria discográfica e da maldição do Hype, desta feita com os londrinos White Rose Movement.

O nome desta banda é inspirado num movimento de resistência anti-Nazi de nome White Rose. Revelam uma estética punk muito Joy division e assentam numa sonoridade com tendências post-punk mas que soa a electroclash moderno. A verdade é que se na teoria estes meninos se apresentam superficialmente como um projecto muito alternativo com o seu estilo junkie-chic, a nível prático são bastante orelhudos e comerciais podendo fazer parte de qualquer set de uma discoteca revivalista.

O seu primeiro e único álbum arrasou no Verão de 2006!
A critica indie britânica aclamou a pureza e a inocência do dance punk de "Kick", o que fez com que este grupo de 6 elementos fosse catapultado directamente para o circuito festivaleiro europeu e norte-americano.
Para além de abrirem os concertos de The Rakes, The Strokes, Bloc Party, The Kills e Placebo no apogeu do Indie-Rock, marcaram presença no Coachella, Festival Internacional de Benicassim e em Paredes de Coura onde tive oportunidade de os ver.

A banda trocou de teclista em 2008 e quando começaram a trabalhar no seu segundo álbum rescindiram com a sua editora. Apesar de tudo tentaram levar o seu disco já terminado avante por conta própria mas não foram bem sucedidos.
Em comunicado e com um fair-play invejável declararam que se sentiam felizes e afortunados por ter lançado o primeiro álbum mas que devido à falta de apoio iam desistir deste projecto.

Na música tal como na natureza a selecção natural não tem misericórdia e apenas restam os ecos da criação nas profundezas da rede, aqui estão eles:


Love is a number



Girls in the back





sábado, 25 de fevereiro de 2012

WEEKPIC: Os vencedores do concurso World Press Photo



World Press Photo of the Year: Samuel Aranda, NY Times

Uma mulher abraça um ferido num protesto no Yemen.







 
  1º Premio de Histórias de Problemas Contemporâneos: Stephanie Sinclair, National Geographic Magazine 

Dois casais do Yemen cujas mulheres contraíram matrimonio com 6 anos de idade, actualmente com 25.



1º Prémio Histórias da Vida Diária: Alejandro Kirchuk

Um homem guia a sua mulher com Alzheimer para a sua sala de estar em Buenos Aires.





 
 

1º Prémio Vida Diária Singles: Damir Sagolj, Reuters

Fotografia de Kim II-sung










1º Prémio História de Pessoas nas Notícias:  Yasuyoshi Chiba, AFP

Uma mulher encontra o diploma universitário da sua filha numa cidade japonesa assolada pelo Tsunami



1º Prémio Histórias da Natureza: Brent Stirton, National Geographic Magazine

Um rinoceronte fêmea que sobreviveu à amputação do seu corno com uma moto-serra por "caçadores"



 


1º Prémio Retrato: Laerke Posselt
 
Mellica Mehraban, actriz dinamarquesa de ascendência iraniana 















 


2º Prémio Desporto: Ray McManus, Sportsfile

Jogo de Rugby entre duas equipas irlandesas

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Foammies 2011: Os 10 melhores Videoclipes do ano






Chegou a hora de revelar os nossos Foammies Music Awards, com aqueles que foram independentemente da qualidade musical os melhores vídeos do ano. Ficam aqui o Top 10:






10º

Destroyer - Kapput

O som air-rock de Dan Bejar acompanha na perfeição esta odisseia surreal. Visualmente impressionante e auditivamente hipnotizante.





Lana del Rey - Video games

Lana del Rey tem dado que falar, causando um rebuliço por todo o planeta devido ao debate que gerou a sua carreira meteórica, que demonstra o poder que a indústria musical tem e a sua capacidade de gerar produtos musicais prontos a consumir globalmente. No entanto actuação desastrosa no Saturday Night Live e as criticas às suas letras reveladoras de um romanticismo que se confunde com submissão começam a retirar algum protagonismo ao que já consideraram a Adele de 2012. Isto é a cultura Pop.
Quanto à música propriamente dita, é muito competente, e o vídeo recheado de mensagens icónicas do passado dos USA alternando com a tristeza de Lana a cantar é emocionante e nostálgico.





Bon Iver - Holocene

Bon Iver foi o Foammy D'ouro do Foam In The Party e continua a arrecadar prémios neste blog de referência. Quando ouço este álbum era exactamente esta imagem que tinha: uma beleza invernal que nos embala como uma criança.
Fiquei ainda com mais vontade de visitar a Islândia, que imagens....






Azaelia Banks - 212

Ela é má e adorável ao mesmo tempo, tem ritmo, tem graça e uma camisola do Mickey. O video mais simples do top, mas com muita personalidade. Pergunto-me se Azaelia tenta bater o record mundial de maior número de palavrões em 3 minutos e 26 segundos.
Devia ter levado com pimenta na língua em criança.






Metronomy - The Bay

Um dos melhores álbuns do ano tem neste Foamclip o apogeu de toda a sua estética, O vídeo de The Bay mostra todo o glamour que English Riviera emana. Metronomy é já uma certeza e absolutamente viciante.





Battles - Ice Cream


Este Foamclip já tinha sido postado e acaba por alcançar a metade da tabela. brilhantemente editado e muito sexy, transpira toda a energia destes senhores do Math-Rock.






Rihanna - We Found Love

Não sou fã da Rihanna, já estou um bocado farto de ouvir isto cada vez que saio à noite, mas se o clip dos Battles é bem editado este é uma lição de cinematografia. Parece que saiu directamente de Requiem for a Dream e que o próprio Aronovsky o dirigiu. É bom ver que do Pop mainstream, Lady Gaga não é a única a fazer bons trabalhos a nível de videos musicais.






St. Vincent - Cruel

Um video sobre uma familia feliz, as suas vivências e o amor materno. NOTTTT!!!!!
Que grande é Annie Clark e que grande música.






Manchester Orchestra - Simple Math

Raras vezes um Foamclip consegue transmitir uma mensagem de maneira mais profunda que a canção que acompanha. Este é um dos casos. Um homem tem um acidente de viação ao tentar desviar-se de um veado e durante o acidente é invadido por flashbacks que se confundem com a realidade, misturando os sonhos e a morte, o amor e a desilusão, as recordações de infância  e o ressentimento.
Sublime.






Is Tropical - The Greeks

A primeira vez que vi este video ( também já postado nos primórdios do blog) pensei: "As brincadeiras de criança do Tarantino deviam ser assim".
Uma sátira à violência gratuita dos dias de hoje, realizada pelo colectivo francês Megaforce que transformou um jogo de meninos na guerra suburbana mais cruel, sanguinária e divertida jamais vista.
 O melhor FOAMCLIP de 2011, para o ano há mais!!!





terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

O que dizem os meus olhos se ninguém me vazar a vista! (3)

Volta a rubrica dedicada ao inimigo público do blog: o nosso querido Daniel Oliveira; desta feita adaptado ao horário de Inverno. A partir de hoje cada semana postarei exactamente o que estiver a ver aos Sábados algures entre as 16h30m e as 18h. Aqui fica a imagem do dia 11.


Sábado às 17:44

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

O Foam Recomenda: (6)

Desresponsabilização e banalização de um acto malicioso e intencional, pelo ocasional facto de coincidir com o momento da celebração Helénica em honra à fertilidade dos solos, que contemporaneamente se comemora com a adopção de uma identidade terceira numa atmosfera de devaneio e fantasia.




Username: É Carnaval ninguém leva a mal.